Publicação é resultado de uma dissertação premiada; autora foi a única selecionada da Amazônia e receberá premiação em São Paulo

Com o título “Comunicação, Interseccionalidade e Decolonialidade: escrevivências da Marcha Virtual da Mulheres Negras Amazônidas”, a jornalista Flávia Ribeiro lança o seu primeiro livro, no próximo dia 14, na sede do Centro de Estudos e Defesa do Negro do Pará (Cedenpa), em Belém, a partir das 17h. A publicação resulta da dissertação de mestrado da jornalista, na Universidade Federal do Pará (UFPA).

A obra aborda a Marcha que foi realizada em 2020, o primeiro ano da pandemia de Covid-19, reunindo representantes da Amazônia Legal. As ativistas escolheram a internet como meio seguro para manter o ativismo e demarcar suas pautas no 25 de julho, quando é celebrado Dia Nacional da Mulher Negra e de Tereza de Benguela e Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-americana e Caribenha.

A Escrevivência, conceito proposto pela escritora Conceição Evaristo, embasa a autora que, partindo de suas memórias e vivências, faz um breve relato de ações recentes do movimento de mulheres negras na Amazônia paraense. O pensamento interseccional, somado à Escrevivência, foi acionado como marco teórico e como procedimento metodológico pela autora.

Publicação aborda a Marcha Virtual da Mulheres Negras Amazônidas” relizada na pandemia

O livro ainda aborda temas como a colonialidade e seus impactos na historiografia oficial; as estratégia de luta de negros no Brasil contra o apagamento; a falsa neutralidade da internet; racismo algorítmico; a ancestralidade na internet, entre outros. O livro impresso está em pré-venda, mas o ebook pode ser adquirido gratuitamente no site da editora Pimenta Cultural.

Baixe aqui o ebook

PRÊMIO – A dissertação de mestrado que deu origem ao livro “Comunicação, Interseccionalidade e Decolonialidade: escrevivências da Marcha Virtual da Mulheres Negras Amazônidas” foi selecionada na segunda edição do Programa Ancestralidades de Valorização à Pesquisa 2024, do Itaú Cultural e Fundação Tide Setúbal. A autora foi – a única pessoa da região amazônica entre as cinco pessoas selecionadas na categoria “Pesquisas e estudos concluídos” e receberá uma premiação no valor de 18mil Reais.

Os prêmios serão entregues em São Paulo, no dia 12 de novembro, em uma cerimônia que contará com a presença Sueli Carneiro e Ana Maria Gonçalves, intelectuais negras brasileiras. O programa tem como objetivo fomentar a produção de reflexão sobre saberes relacionados a meio ambiente e raça, o foco esteve em abordar as perspectivas dos saberes ancestrais das populações indígena e negra no Brasil.

Sobre a autora: Flávia Ribeiro é mãe, feminista negra afroamazônida, jornalista, mestra em Ciências da Comunicação, pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Cultura e Amazônia (Ppgcom-UFPA), consultora para equidade de raça e gênero na Negritudes Amazônidas – Comunicação Antirracista.

É integrante do grupo de pesquisa Nós Mulheres – pela equidade de gênero étnico-racial (UFPA) e do Comunicação, Política e Amazônia (Compoa- UFPA) e tem quase 20 anos de experiência no mercado de comunicação.

Ribeiro é ativista do Centro de Estudos e Defesa do Negro do Pará (Cedenpa), da Rede Fulanas- Negras da Amazônia Brasileira e da Rede de Ciberativistas Negras – Núcleo Pará. Faz parte da coordenação da Marcha das Mulheres Negras em Belém. Atualmente é consultora individual da Unesco/ Secom-BR, no projeto “Promovendo o Acesso à Informação, o Exercício de Direitos, o Combate à Desinformação e a Defesa da Democracia”.

Para mais informações sobre o livro, acesse as redes sociais da autora: @negra_amazonida (instagram).

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Com informações da jornalista Flávia Ribeiro

Foto de capa: Flávia Ribeiro/ Divulgação