Publicação da Instituto Nacional Audiovisual (INA) da França retrata a atuação do jornalismo socioambiental independente na Amazônia.

Da Redação

A agência Carta Amazônia, de Belém do Pará, é um dos destaques da reportagem “COP30 e Jornalismo independente da Amazônia”, publicada na revista “La revue des médias“, do Instituto Nacional Audiovisual – INA da França. A publicação retrata a atuação da agência e de outros veículos independentes da região na cobertura da pauta socioambiental.

Na reportagem, assinada pela jornalista Anaïs Richard, o trabalho da Carta Amazônia é elogiado por adotar um perspectiva local em sua cobertura – ressaltando o protagonismo das vozes indígenas, ribeirinhas, quilombolas e periféricas em seus conteúdos.

“Uma das principais missões da Carta Amazônia é reverberar a pluralidade das vozes e territórios da região amazônica. Por isso, é fundamental priorizar as histórias de quem historicamente foi silenciado pelos grandes meios de comunicação. Esse é o jornalismo que acreditamos, um jornalismo pautado a partir da perspectiva local”, afirma Cecilia Amorim, cofundadora da agencia.

A publicação também destaca a coragem de outros jornalistas independentes da região Norte que, assim como a equipe da Carta Amazônia, atuam na defesa dos povos tradicionais e no combate à influência de grupos econômicos locais.

“O trabalho do jornalismo independente na Amazônia convive com a hostilidade e o reconhecimento. Do lado das oligarquias políticas e econômicas da região, incluindo os donos dos grandes veículos de comunicação, somos vistos como persona non grata, por atuar como um jornalismo mais combativo, fora do discurso hegemônico local. Do lado das comunidades tradicionais, somos reconhecidos por fazer um trabalho que coloca o protagonismo dos povos da Amazônia no centro da nossa narrativa”, afirma Adison Ferreira, cofundador da agência.

Para combater a desinformação e “quebrar a bolha informacional”, a Carta Amazônia tem fortalecido o trabalho em rede, republicando reportagens em parceria com outros veículos, como a Amazônia Real e Agência Pública, O Varadouro, para ampliar o alcance de suas denúncias.

Além de produzir reportagens, a agência reforça seu compromisso com a região por meio de iniciativas de educomunicação como a Escola de Jornalismo Socioambiental, que atua na formação e qualificação de novos jornalistas da Amazônia.

Jornalismo socioambiental

Criada em 2020, inicialmente como um podcast, a agência de comunicação socioambiental Carta Amazônia é um veículo de jornalismo independente, fundado pelos jornalistas Adison Ferreira, Cecilia Amorim e Eraldo Paulino, em Belém do Pará. A startup utiliza a informação como instrumento de reflexão sobre os mais diversos temas relacionados à região amazônica, a partir de uma perspectiva local e na desconstrução da visão estereotipada que ainda existe sobre o território.

A agência atua com produção de conteúdo, educomunicação e serviços pautados na agenda socioambiental, direitos humanos, justiça climática e no fortalecimento do jornalismo local em defesa dos seres humanos e não humanos da Amazônia Legal.

_________________________

Foto de capa: Reprodução /La revue des médias

Fique por dentro das últimas notícias da agência Carta Amazônia. Participe do nosso canal no WhatsApp e receba conteúdos exclusivos direto no seu celular.