Ferramenta de geojornalismo disponibiliza mapas, notícias e serviços da Conferência da ONU e da cidade-sede da COP30, coletadas de modo cruzado com base em dados compartilhados publicamente
A agência Carta Amazônia lança, no dia 11 de setembro, próxima quinta-feira, o primeiro projeto de geojornalismo pautado exclusivamente na COP30. O site Carta Maps apresentará uma série de mapas interativos com múltiplos temas de interesse – com geolocalização, textos, fotos e vídeos – e atualizados periodicamente com informações sobre a 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, realizada em novembro, em Belém.
O site Carta Maps está em fase de construção. A plataforma estará atualizada e pronta para ser consultada a partir do dia 11/09.
Através do geojornalismo, a iniciativa visa investigar, dialogar e mostrar ao público diversos mapeamentos de dados sobre produtos, serviços e notícias da Conferência da ONU e da cidade-sede da COP30, coletadas de modo cruzado com base em dados e informações de cidadãos, universidades, governos e jornalistas.
“Compreendemos o geojornalismo como uma importante ferramenta de interpretação e comunicação baseada no espaço geográfico – seus lugares e territórios – e alinhada com os princípios do jornalismo. Por esse motivo, acreditamos na potencialidade do projeto do Carta Maps. Essa iniciativa será mais um canal de informação e educação da agência Carta Amazônia, pautado na defesa da cidadania, do meio ambiente, justiça climática e no combate à desinformação sobre a região”, afirma Adison Ferreira, cofundador e diretor de jornalismo da agência.
“Com dados do Google Maps podemos conhecer a opinião de pessoas que já passaram pela cidade. Cruzaremos isso com dados fornecidos por pessoas que vivem em Belém. Assim o Carta Maps vai traduzir informações de um jeito diferente do jornalismo convencional e das plataformas comerciais. Além disso, a relação centro e periferia fica bastante evidente nos primeiros testes do protótipo. Fica evidente que a COP30 terá uma programação de muita potência ao seu redor, será importante noticiar isso com mapas”, explica Antônio Laranjeira, pesquisador de jornalismo digital membro do GJOL/UFBA e consultor de geojornalismo neste projeto da Carta Amazônia.
Jornada Galápagos
O projeto Carta Maps foi desenvolvido a partir de um intercâmbio de jornalismo, realizado pela empresa Galápagos Newsmaking, em julho deste ano, em São Paulo. O treinamento reuniu 30 profissionais de comunicação, de diversas regiões do país e contou com uma programação intensa de oficinas, entrevistas, painéis e visitas em diversas organizações que são referências em comunicação digital no Brasil.
A Jornada Galápagos possibilitou diversas trocas de experiências sobre mercado de trabalho, inteligência artificial e novas oportunidades de brand publishing. Entre elas, o contato da agência Carta Amazônia com estratégias de marketing para o jornalismo independente e práticas do geojornalismo.
Jornalismo socioambiental afroamazônida
Criada em 2020, inicialmente como um podcast, a agência de comunicação socioambiental Carta Amazônia é um veículo de jornalismo independente, fundado pelos jornalistas Adison Ferreira, Cecilia Amorim e Eraldo Paulino, em Belém do Pará. A startup utiliza a informação como instrumento de reflexão sobre os mais diversos temas relacionados à região amazônica, a partir de uma perspectiva local e na desconstrução da visão estereotipada que paira sobre o território.
A agência atua com produção de conteúdo, educomunicação e serviços pautados na agenda socioambiental, direitos humanos, justiça climática e no fortalecimento do jornalismo local em defesa dos seres humanos e não humanos da Amazônia Legal.
Carta Maps
O Carta Maps COP30 é um projeto da agência Carta Amazônia realizado em parceria com o site Notícias do Pará e com o apoio institucional da Ajor (Associação de Jornalismo Digital) e da organização Repórteres Sem Fronteiras.
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Foto de capa: Raphael Luz / Agência Pará