
Navegue pela variedade de comidas e bebidas regionais e internacionais com uma curadoria com mais de 100 locais na capital do Pará
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Por Antônio Laranjeira e Cecilia Amorim
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Em Belém, o paladar é o primeiro guia. Para quem está chegando à cidade das mangueiras, a dúvida que abre a viagem não é ”onde comer e beber” e sim “por onde começar”. Afinal são dezenas de opções para cada tipo de gastronomia.
Para responder essa dúvida, a agência Carta Amazônia apresenta o segundo mapa do projeto Carta Maps, um mapa situado de Belém que vai das mesas elegantes de famosos restaurantes às bancas populares do Mercado Ver-o-Peso.
Com uma curadoria que une o conhecimento local aos dados de visitantes coletados online, este mapa é um “GPS dos sabores” para quem participa da COP30. Confira a seguir o mapa. Se precisar de ajuda, use nossas instruções.
Pesquisando a gastronomia de Belém
Nesse contexto de globalização das cozinhas, nas vésperas da COP30, surge o projeto Papa Chibé, iniciativa da Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa), que busca fortalecer o setor por meio da elaboração de um mapeamento da gastronomia na capital paraense.
Você sabe o que é “papa chibé”?
A expressão “papa chibé” é como os paraenses se denominam. O chibé é um alimento indigena tradicionalmente feito com farinha e água, hoje também encontramos variações feitas com caldo de peixes. São servidos em restaurantes para acompanhar peixes.
O levantamento que começou em 2025 tem reunido dados sobre os empreendimentos do segmento da Gastronomia. Os relatórios, feitos em campo em cada um dos 8 distritos administrativos de Belém, traçam um diagnóstico socioeconômico que evidencia a diversidade local, além dos desafios enfrentados, como entraves administrativos, burocráticos e financeiros que limitam seu pleno desenvolvimento.
Cidade Criativa da Gastronomia
A capital do Pará é considerada um dos 15 melhores destinos gastronômicos do mundo? Belém recebeu da UNESCO o título de “Cidade Criativa da Gastronomia” (2015), mérito mundial que vem consolidando sua posição como referência mundial na culinária da identidade amazônica.
A geografia dos sabores de Belém
A culinária de belenense une ingredientes ancestrais, e carrega a história dos povos que construíram a cidade. Nos restaurantes contemporâneos, chefs renomados reinventam ingredientes amazônicos em pratos de grande elaboração estética, sem perder o vínculo com a tradição popular que inspira suas criações.
Ao mesmo tempo, outros lugares da cidade pulsam a riqueza amazônica. Nas calçadas e feiras, barraquinhas de tapioca, boxes de açaí com peixe frito e sorvetes de frutas nativas mantêm viva a essência cotidiana da culinária paraense. As tacacazeiras se espalham pela cidade, em cada cuia de tacacá há muito mais que alimento: há memória, ancestralidade e conhecimento da floresta.
Essas cozinhas se cruzam e se complementam, revelando uma cidade em que o sabor é expressão cultural, memória afetiva e experiência compartilhada.
No Pará se aproveita tudo da macaxeira. As folhas são moídas e se transformam na maniçoba. Da raiz fazemos a farinha d’água e de tapioca, goma para as tapiocas e o ainda tiramos o Tucupi. Os caules também são usados para novas mudas ou para aquecer os fornos de farinha.
Contribua com a sua experiência para o mapa da gastronomia
Este é o segundo mapa de uma série que vai explorar Belém de um jeito diferente, usando o geojornalismo para revelar a cidade sob a ótica de quem a vive na cidade.
O Carta Maps é um projeto de colaboração com multivozes. Acreditamos que o conhecimento local é o ingrediente principal para um mapa de qualidade. Por isso, queremos que você ajude a construir uma visão mais apurada sobre a gastronomia de Belém.
Acesse os formulários do projeto Papa Chibé para sugerir novos locais de refeição e bebidas que ainda não estejam incluídos no mapa.
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Edição: Adison Ferreira
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Crédito da capa: Antonio Laranjeira/ Reprodução Carta Maps
*Este conteúdo foi produzido: 1) coletivamente por meio de trabalho remoto (Google Workspace), 2) baseado em mapas personalizados com curadoria do conhecimento local (Google My Maps), 3) conforme dados de visitantes coletados de modo on-line (Google Maps); 4) e amparado por recursos de inteligência artificial supervisionada por humanos (Gemini e Notebook LM).