No episódio, lideranças do Comissão Pastoral da Terra (CPT) e o jornalista e cineasta Ismael Machado debatem a expansão da violência contra ativistas ambientais da região
Segundo dados do último relatório de conflitos no campo, revelados pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), em abril deste ano, o número de conflitos por terra no brasil segue em alta desde 2019. O documento mostra que em 2021 a Amazônia foi palco de 52% desses conflitos. A região apresentou, somente no ano passado, 62% do número de famílias atingidas por esse tipo de violência
O levantamento também aponta que o número de mortes em conflitos no meio rural no país aumentou mais de 1.000% no ano passado em comparação a 2020. das 109 vidas perdidas, 101 eram de indígenas do povo Yanomami, em Roraima. Todas essas mortes têm como causas diretas ou indiretas problemas socioeconômicos provocados pelo garimpo ilegal.
A informação divulgada pela CPT reforça os dados do último relatório da ong Global Witness, divulgado em 2020. No estudo, o Brasil aparece na quarta posição mundial em relação ao número de assassinatos de ativistas ambientais. Segundo o documento, de cada 10 ativistas assassinados no país, 8 foram mortos na Amazônia.
O assunto é a pauta da 7ª edição do podcast Carta Amazônia, conteúdo jornalístico produzido pela agência Carta Amz em parceria com a plataforma Rede Pará. Para ajudar a compreender o avanço dos crimes ambientais na região, o programa ouviu o coordenador regional da CPT no Pará, Gilson Rêgo. e o jornalista e cineasta Ismael Machado, autor do livro “Paulo Fonteles: sem ponto final”.
O episódio também conta com um depoimento inédito do padre Paulo Joanil da Silva, conhecido como padre Paulinho, integrante da CPT que está na lista dos ativistas ambientais ameaçados de morte na região.
O podcast Carta Amazônia está disponível neste site, no YouTube e nas principais plataformas de áudio.