Por Adison Ferreira
O livro “Memórias Vermelhas – João Batista Lemos: trajetória e lições da luta operária contra a ditadura e pela democracia”, do jornalista e cineasta paraense, Ismael Machado, ganhou menção honrosa na categoria grande reportagem do 41º Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo. O anúncio foi feito nesta terça-feira (26) pelos organizadores da premiação.
A obra narra a história do presidente estadual do PCdoB do Rio de Janeiro e ex-dirigente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), João Batista Lemos a partir de diversas fases da trajetória pessoal e política do biografado.
De acordo com Batista, o livro ajuda a tirar lições históricas sobre o período que o país viveu um regime militar. “A obra é importante para resgatar a história, não só a minha, mas a da luta e da classe! A memória faz parte da construção de uma consciência social, afinal, nós somos sujeitos da História”, destaca.
“Memórias Vermelhas” é o terceiro livro de Ismael que retrata o período da ditadura militar através de personagens icônicos da história. O autor também escreveu as biografias dos políticos e ativistas de Direitos Humanos, Paulo Fonteles e Neuton Miranda.
Ismael Machado
Jornalista, escritor e roteirista, Ismael acumula quase 30 anos em cobertura de grandes reportagens na Amazônia. Atuou nos jornais O Globo, Folha de S. Paulo, Jornal do Brasil e Diário do Pará. Já ganhou 12 prêmios jornalísticos, incluindo Vladimir Herzog, Líbero Badaró e Prêmio Nacional de Direitos Humanos em Jornalismo.
Além das biografias “Paulo Fonteles, sem ponto final’ e ‘Neuton Miranda – Memórias de Resistência e Luta por Liberdade Política’, Machado também é autor dos livros sobre temas diversos como ‘Decibéis sob Mangueiras-Belém no Cenário Rock Brasil dos Anos 80’, ‘Sujando os sapatos: o caminho diário da reportagem’ e ‘Golpe, Contragolpes e Guerrilhas: O Pará e a ditadura militar’
No campo cinematográfico, é roteirista de trabalhos premiados como o documentário ‘Soldados do Araguaia’ (2018) e as séries documentais Mad Scientists (2016) e ‘Marcadas para Morrer’ (2015)
Sobre a premiação
Criado em 1984, o Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo estimula o trabalho dos profissionais de jornalismo na denúncia de violações, pela observância e defesa dos direitos humanos nas sociedades da América do Sul marcadas por enorme desigualdade entre as pessoas e pela deficitária ação de Estado.
A premiação é apoiada pela Regional Latino Americana da União Internacional dos Trabalhadores da Alimentação (Rel UITA), a Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do Rio Grande do Sul (ARFOC-RS) e a Caixa de Assistência dos Advogados do Rio Grande do Sul (CAARS).
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Foto de capa: Acervo pessoal/ Ismael Machado