Movimento criado por Chico Mendes, em 1985, em Brasília, é referência nacional em ações de proteção e defesa da sociobiodiversidade

O Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS), um dos mais importantes movimentos de proteção dos territórios e defesa dos povos da floresta, celebrou 38 anos com a realização de uma live, na última terça-feira, dia 17 de outubro, às 20h (horário de Brasília), com transmissão gratuita pelo canal no Youtube. A live “CNS: 38 anos de luta e resistência” teve a participação do presidente do Conselho, Júlio Barbosa; da diretora de articulação política da Secretaria Nacional de Juventude do CNS, Letícia Moraes; da secretária de Mulheres, Maria Nice Machado; e do secretário-geral, Dione Torquato.

O diálogo, mediado pela atriz e produtora cultural, Karla Martins, abordou a história e as principais lutas e legados do CNS, que foi criado em 17 de outubro de 1985, na Universidade de Brasília (UnB), durante o I Encontro Nacional dos Seringueiros. Na mesma época que o líder seringueiro Chico Mendes apresentava para o Brasil e o mundo a proposta de criação das Reservas Extrativistas.

“Desde então, o CNS trabalha para honrar a memória e defender o legado de Chico Mendes. Nossa inspiração vem do que aprendemos com Chico Mendes: ‘No começo, pensei que lutava para defender as seringueiras. Depois, pensei que lutava para salvar a floresta amazônica. Hoje, percebo que luto para salvar a humanidade.’ É por isso que estamos aqui, celebrando nossos 38 anos e já pensando nas próximas lutas, que não são poucas. Mas, se não lutarmos para manter a Amazônia em pé, como o Chico sonhava e queria, como é que vamos ter um futuro para a humanidade?”, comenta Júlio Barbosa.

Segundo ele, a live também marca o início dos preparativos para o VI Congresso Nacional do CNS, que ocorrerá do dia 13 a 17 de novembro, na Universidade de Brasília (UnB), em Brasília, com a presença de mais de 250 participantes.

Barbosa reforça ainda que a luta permanente do CNS está na consolidação dos territórios conquistados com a inclusão e implementação de políticas públicas voltadas para a saúde, educação, energia, transporte e infraestrutura. A organização, governança e gestão dos territórios com controle de gestão pelas associações, sustentabilidade no uso dos recursos sustentáveis, assistência técnica para melhorar os meios de produção e o retorno financeiro para as famílias extrativistas também estão entre os pontos defendidos pelo CNS.

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Com informações da assessoria de comunicação do CNS